quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Med UNIMES


Fizemos amizades... nos amamos (digo isso literalmente), nos odiamos, mudamos de grupo e até que nos adaptamos. Fomos criando intimidade e cá pra nós isso é uma merda!!!! Falamos mal da roupa de um, rimos do sapato do outro e não ache que alguém ficou de fora dessa... Todos foram comentados, todas foram mal faladas, mas quem liga pra isso??? Uns furaram os olhos de outros, dizem os meninos, outras passaram a perna em algumas, reclamam as meninas, mas tudo no fundo, digo bem lá no fundo mesmo, continua na paz do caos em que vivemos.
Brigamos com a COF, a COF brigou com a COF, brigamos com o Diniz, Djalma e com o Luis Roberto.
Não aceitamos a nota de Histologia, nem de Patologia e muito menos a de Neurologia, uns ficaram de exame, outros de dp ou em outro ano, mas de alguma forma estamos sempre todos juntos.
Rimos com o jeitinho do Dudu de entrar na sala, com a Bibi cantando tchutchuca, com o Bidi tirando Xerox e também choramos... como choramos... choramos por meio ponto a mais na média, com a nota do MEC, com a suspensão de alguns amigos, com as notas desoladas , com um romance mal terminado, com o outro nem começado.
Envolvemos-nos... rolamos na areia, na lama, na grama, caímos em piscinas de xixi, comemos carne de segunda para sempre beber além... e mais além.
Perdemos celulares no mar, puxamos rede com pescadores, discutimos relações... compramos brigas, demos piti e fomos para o Moby... uma, duas, três... um milhão de vezes!!!! Vomitamos, bebemos, vomitamos e ficamos por lá mesmo. Quem nunca foi expulso de lá?
E chegando as férias muitos não viam à hora de estar de volta e outros nem esperavam a data certa... um nextel... dois... a sala toda se comunicando, e me passa a prova, e tá com o Hélio, e como sempre... uma coisa mal falada vira um furacão no final e a notícia corre, e a notÍcia se transforma, mas no final sempre acaba em graça...
Duvido daquele que não sentirá falta e arrisco dizer que foi premeditado o internato só em Santos, talvez para aqueles que ainda, mesmo depois de quatro anos, não tenham se conhecido bem e aprendido a gostar daqueles pelos quais mais torcem o nariz.
Realmente somos uma família, torta, cheia de problemas emocionais e comportamentais, mas mesmo assim... é o que temos... é o que nos resta quando estamos longe da verdadeira família e é por isso que continuaremos assim... juntos até o fim!!!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

No meu tempo


Não espere por um sentimento, eu jamais plantaria uma semente em mim se ela já não estivesse brotando em ti.
É claro que isso vem ocorrendo de uns tempos para cá. Digo que estou diferente e menos burra, mas ainda não tão esperta como gostaria.
Agradeço, e muito, ter sido um pouco mais massacrada que a massa que ama nesse mundo, foi assim que aprendi a não deixar fazerem o que querem de mim e se por acaso você achar que conseguiu não se esqueça que você só chegou onde eu consenti.
Não me preocupo com os seus sentimentos e o que quero mesmo é saber dos meus, pois muitas vezes eu renunciei.
Agora sou eu, minha profissão, meus amigos e depois se você quiser, se você puder e tiver capacidade para isso pode ser que eu venha pensar com carinho em você.
Não espere que eu vá atrás, jamais irei, por mais que eu queira esperarei por você e espero por um dia, dois talvez se nada acontecer procuro o próximo da vez.

Olho mágico


Olho para dentro de mim e não sei bem entender meus sentimentos, às vezes penso querer bem alguém e ao mesmo tempo o que eu quero é apenas meu capricho.
Amei-te assim como Basílio amou Luisa, mas eu fui mais além, fiz da higiene de um dia a higiene de dois anos inteiros.
Nada sentia, e o que senti foi apenas ilusões para o meu próprio id se sentir bem. Mecanismos de defesa usados e inconscientemente calculados para esquecer quem realmente se amou um dia, mas que já se perdeu.
Usei-te e não me envergonho disso e mesmo após tudo ter acabado continuei a te usar intimamente preservando sempre meu ego.
Não digo jamais que você não teve importância, pois foi fundamental para manter minha integridade psicológica.
Hoje você me diz adeus, se põem livre de um sentimento que ainda existia em ti e eu que nunca nada senti me ponho triste por saber que não estará mais ali.
Deixarei bem claro que a minha tristeza não se relaciona a sua felicidade, pois quero que ela venha a ti assim como venha em breve a mim, mas perder aquele doce olhar de amor me faz sofrer por puro capricho.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

interconexões


Milhões de neurônios fazendo suas interconexões e tudo que eu penso e tudo que vejo é fruto dessa relação, são células bem organizadas decidindo o que fazer e o que vão ser. Um erro genético ou uma falha na conexão é como um bug no sistema de Software. São únicas, insubstituíveis e desempenham inúmeras funções. São o meu pensar, o meu sentir, o meu falar, representando a minha evolução e a minha singularidade. A mielina me garante a rapidez com que tudo se propaga, e as bombas me garantem o potencial de ação. Tudo preciso, coeso e bem engenhado nos garantindo assim nossos arquivos, nossas pastas compartilhadas e zipadas, arquivos inúmeros que nem a mais nova maquina poderia memorizar, mas uma coisa ainda invejo... um ícone escrito lixeira e uma opção que nos dá a oportunidade de esvaziar totalmente esse espaço!!!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Páginas


Virar as páginas... Quando se trata de um livro queremos devorá-las, porém quando o assunto é sobre nossas vidas refletimos a cada página passada.
Hoje sinto que um capítulo de minha história vem chegando ao fim, não sei bem do que se trata, mas sei que hoje me acomete uma intensa nostalgia.
Uma dúvida voraz é semeada em minha mente, e cresce como parasita consumindo todos os meus pensamentos positivos. Não sei bem ao certo o quão bom eu fui, quão presente eu estive, se estudei o suficiente, se amei corretamente, se me dediquei aqueles que se dedicaram a mim.
Os amigos parecem ficar mais distantes, apenas guardados nas lembranças, as pessoas próximas ganham marcas do tempo e meu rosto mesmo já não é mais o mesmo, digo que estou terminando um quarto de minha história e que a tendência é que as páginas seguintes se tornem mais duras e mais sofridas.
Muitos medos me assombram, mesmo sabendo que tudo não passa de um ciclo, tenho medo das perdas, medo que o saldo final não seja positivo.
Ah se eu fosse escritora da minha própria história... terminaria com um grande final Feliz, colocaria os amigos que eu amo em casinhas próximas a minha, daria uma vida longa aqueles que já passaram da meia idade para que esses também desfrutem do meu final, teria uns dois ou três filhos e casaria com um homem mais amigo que amante.
Infelizmente sou escritora parcial e tenho o destino, pérfido e bazófio, como co-autor dessa história.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

COTIDIANO



Com tantos problemas na cabeça ao chegar a minha casa decidi ir correr. Corri por alguns minutos, mas parecia que o peso dos meus pensamentos pesava em minhas pernas, não consegui fazer metade do percurso que estou acostumada a fazer, algo me mandava parar.
Parei, e me encantei, lugar tão comum, lugar de todos os dias, mas nunca se quer me dei o trabalho de olhar o quão mágico tudo se realiza.
A noite já havia se instalado exceto por uma pequena faixa marcada em cores no horizonte, e a areia úmida, muito invejosa, diga-se de passagem, fazia questão de refletir com ainda mais glamour todas estas cores.
Foi um momento meu. O vento, muito meu amigo, veio ao meu ouvido cochichar alguns conselhos, as ondas, preocupadas, beijavam os meus pés calçados como em um gesto de conforto e toda aquela cena acalmava tanto meu coração que parecia mesmo um carinho de mãe.
Corredores passavam por ali e deixavam as suas marcas, quebravam a harmonia das cores na areia úmida, certamente eles nem notavam a beleza do lugar.
Eu ali parada só conseguia pensar em agradecer, agradecia aos meus pensamentos que pesaram, as minhas pernas que me doeram e os poucos minutos gastos para descobrir o quão lindo é tudo que é cotidiano.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Carta a um amigo


Se tantas vezes sofri por ser magoada sinto que o pior mesmo é magoar outrem. Perdoe-me, caro amigo a minha grande fraqueza, pois ela se resume a minha juventude, a minha falta de experiência e aos meus medos em absoluto.
Sentimentos fortes não moraram em mim, e o que eu senti não foi suficiente para que me arriscasse tanto. Fraca, eu sei bem que fui e tive medo de me expor. Por favor, entenda e se possível perdoe-me!
Triste não pode ser aquele que ama, triste é o que rejeita o amor e este sim habita a escuridão, pois caso contrário seria insano buscarmos tanto a felicidade em um amor.
Não se culpe. Não me culpe. Responsáveis somos nós! Não seria justo em um só doer. Não seria justo um só sofrer.
Amou-me tão cedo e agora vejo que o sentimento brota em ti, homem de tão bom caráter, de tão doces gestos impossível alguém melhor resistir.
Queria ter te tirado da prisão e poder seguir segurando tua mão, mas não foi assim e agora resta a ti, meu querido, seguir em frente e libertasse, pois ainda é cedo e tudo está tão claro que só resta abrir-te os olhos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Caminhos


Situação estranha para entender, razão é essa tão desatenta, busca o triste quando contente, faz do calvário a cena presente. Alimenta o sonho que não convém, amargura esta vida a única que tem, machuca com o peso do fardo de outrem. Suplica amor por onde passa, joga a todos a tua graça, olha o alvo e não a caça, impõem a si mesmo a ameaça. Vive triste a vida desregrada, continua só entre as pessoas casadas, percebe o quão dura é a estrada, mas mesmo assim prefere ir andando em pedras do que pela via recapiada.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ocelo


Ora eles me fitam e não me dizem nada.
Vigiam o meu sono e tiram o meu sossego,
Eles percorrem, avaliam e aprovam,
Fazem de mim sua experiência.
Eles despem, vestem, indagam-me
Fruto da minha própria incerteza.
Ora são cerrados e tão suaves,
São afáveis e de grande sossego,
Fazem, então, repousar-me em eterna certeza.

INEQUAÇÃO



Vinte e quatro anos é o que dura uma relação
Vinte e quatro anos é o que acaba com a mesma paixão
Vinte quatro dias e nenhuma solução
Vinte e quatro motivos para uma separação
Vinte quatro dúvidas para essa situação
Vinte e quatro anos: idade da indecisão

Devaneio


Para que te quero tão próximo a mim?
Machuca-me, maltrata-me e faz de mim objeto de tua ira.
Ser de tão baixa perspicácia, que ama simplesmente sem mais além
Quimera, minha amiga inseparável, rogue por mim e intervenha
Faça desse ser alguém mais sábio, que veja além de suas fantasias inconseqüentes
Oh pensamentos, tão divagados se façam simples e mais coeso
Faça dessa mulher que ladra alguém mais fugaz e com menos devaneios

quinta-feira, 19 de março de 2009

Insanidade


Paredes, livros, eletrônicos e meu próprio eu, todos eles cansados de ouvir minhas reclamações. Eu falo todos os dias, mas raramente alguém está a me escutar, eu grito internamente e minha mente se põem a chorar, eu corro dos meus pensamentos, mas eles sabem bem como me cercar.
Eu pulo, danço e canto... Sozinha, mas morrendo de vontade que alguém se ponha a espiar.
Um beijo no espelho, uma frase ensaiada, um gesto, um charme, um sorriso. Volto a minha infância e penso nas pessoas amadas.

Liberdade e solidão, eu conheço bem o significado...

Um afago, um chhhhhheirinho de feijão, o Ziggy latindo no portão, a voz doce de uma senhora e o som do motor do carro da minha irmã.
São doze horas, a mesa farta, a mesa cheia, o pai falando com a mãe, as frutas pelo chão, foi dia de feira... Raimunda, vem come!!!! E todos comem, e todos riem, e o Ziggy reclama, arranha, procura seu quinhão. E eu lavo, eu seco, eu guardo e eu vejo TV. Não!!!!! sou eu , eu, euuuuuuuu.... E mais tarde tem seção da tarde, o controle é meu, o sofá é meu, manheeeeeeeeeee...........

Aqui tudo é meu, só meu, eu to sozinha, é meio dia e ninguém se põem a comer.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Amor senil


Olho para as formas que os anos persistem em guardar, um colo marcado que minha cabeça deseja descansar. São formas feitas pelo divino oleiro que plantaria a ira no mais perfeito imortal.

O tempo desvia para não te tocar e a morte certamente se esconde com medo de te encarar. É uma beleza alva que brilho maior não tem o sol, são raios tão intensos que marcam sua imagem em meus pensamentos e que me faz chamar-te inconscientemente.

O meu EU


Há pena, há grito, há um enorme conflito... em um mesmo eu chega haver mais de um elemento... é minha alma que não sussega, é o meu corpo que atormenta... trevas... luz. Um raio poderia vir para me banhar. Sou apenas mais uma em um mundo tão confuso, ser jovem ser adulto.... prazeres, responsabilidades, quero um beijo e um escarro... sou Vieira e sou Bocage, mas quero mesmo é terminar como um dos poetas do pentateuco.... tenho amores, tenho tristezas e vivo como as funções, ora no mínimo e ora no maxímo... Crio dúvidas como lazer... brinco com meus pensamentos... mas quem assim não o faz????

Fases


No primeiro momento o sabor... Como nunca antes provado, no começo não muito agradável, mas a cada momento me despertava desejo, vontade de querer mais

Logo veio a animação... Os olhos grades, os sorrisos exagerados, as lutas, os romances, as roupas e a criatividade, isto tudo me levou para um mundo idealizado, uma vontade de viver no real o que era apenas imaginário.

E veio por último a realidade... Um pouco torta, desajeitada, mas adorável. Como se não mais estivesse na ilusão...